quinta-feira, 1 de abril de 2010

Marcio Pasqualino fala sobre seu trabalho no 400contra1

Trabalhar no filme 400contra1 de Caco Souza foi uma experiência muito tranqüila. Trabalhamos no Scratch equipamento de correção de cor, usando o arquivo da RED R3D em 4k , este arquivo nativo da RED se adapta perfeitamente ao Scratch, onde também cobrimos todo o EDL com muita agilidade.


Trabalhamos com toda a latitude do arquivo R3D- 4k, pois desta forma tínhamos um maior range de trabalho já que estávamos usando todo o CCD da câmera , o que ajuda muito na hora de buscar um look para o filme. Tivemos uma preocupação muito grande em diferenciar bem os anos 70 dos anos 80 e optamos por duas cores bem distintas.

Na década de 70 fomos para um look mais quente sujo, com cores pasteis, o preto levemente amagentado e com toda a imagem descolorida o que acabou funcionando bem, pois boa parte do look dos anos 70 aparece justamente num lugar maravilhoso, a Ilha Grande, um paraíso que precisava parecer um dos piores lugares do mundo para se estar, o chamado “ Caldeirão do Diabo”.


Já no look dos anos 80 procuramos trabalhar algo mais frio com bastante Chroma, ressaltando os azuis e tons de peles que ganharam ares mais saudáveis e moderno que existia na época. Existia também o fato deles estarem soltos se divertindo e fazendo vários assaltos o queriamos diferenciar o estilo de vida que eles estavam vivendo. Estou muito satisfeito com o resultado pois acredito ter conseguido diferenciar bem os dois mundos e as diferentes épocas.



Agradeço,

Marcio Pasqualino
Colorista sênior

 

5 comentários:

MASC disse...

Olha, acho muito ruim esse negócio de exaltar pessoas responsáveis por uma das maiores chagas do mundo moderno, que é o crime organizado, principalmente o tráfico de drogas do Rio. Não concordo com esse negócio e acho que querer fazer fama assim é anti-ético. Tráfico tem que ser combatido em todas as frentes, inclusive e principalmente, a ideológica. Fazer alusão ao tráfico com o mínimo de virtude que seja é irresponsável, ou mais ainda, criminoso. Nessa luta não existe muro para ficar em cima, ou você é contra ou é a favor. Aproveitar-se da característica chamativa e atraente do tema, que é inegável, só é aceitável para combatê-la, fulminando qualquer simpatia a essa máfia maligna. Só um documentário pode ser aceito em sua imparcialidade, apesar de ser fútil se não visar o combate a esse tipo de conduta fedorenta que é o tráfico de drogas do Rio. Não existe "papo cabeça" ou "intelectual" que possa justificar passar o mínimo que seja de simpatia, principalmente à geração jovem, a esses criminosos fundadores dessa chaga maligna que ceifou milhares de vida de nossos jovens e o continua fazendo.

Anônimo disse...

Parece q o filme vai ser muito bom, parabéns!

Anônimo disse...

Bom! Depois reclamam qdo fazem um episódio dos Simpsons no Brasil ...rsrsrsrs ... é aquele q foi muito mal falado aqui onde eles vêem de férias e ... Pois é !!! e prá confirmar o q os gringos imaginam, nossos "melhores" filmes mostram bandidos sangue bom e q como temos visto, que viram idolos das crianças (outro dia ouvi numa reportagem do Fantástico uma diretora de escola falando q já ouve as crianças falando q querem ser Bandidos qdo crescerem). Oras eu só tenho visto filme brasileiro onde malandro é o "herói"(Carandiru ou Cidade de Deus) ou uma policia sanguinária e violenta (Bope onde o Capitão Nascimento tbm é "herói") e ainda outro filme q mostra um cara q tem tudo p ser bonzinho e acaba copiando umas onças, assalta carro forte, mata gente e ainda se sai bem ... ah! Sem contar o nosso Lâmpião Cangaceiro q é imortalizado em nossos filmes ... Que diabos esses Caras estão fazendo? Cadê nosso Super-Homem, nossa Mulher Maravilha, Capitão America, o Zorro p combater toda essa criminalidade???
Só p lembrar o único herói q temos, que lá nos anos 70 disse: "Cuidai das nossas crianças". O Rei Pelé q infelizmente não foi ouvido, e a geração q veio em seguida ... essa q não tá nem aí p nada, de memória curta, q vive arrumando "jeitinho" p tudo, essa mesma q anda fazendo gerra em morro, q faz com q as Leis não "peguem", q ocupam por ignorancia ou por descaso áreas de risco, Mata Atlântica, de Mananciais e até mesmo de Várzea, essa q emporcalha as cidades (e é culpa de São Pedro que inunda tudo e eles ficam nadando em esgoto), essa geração q acha q ser NERD é coisa ruim ... taí nossos cineastas mostrando q bom mesmo é ser bandido ou politico corrupto ...

DWGC disse...

Li na Folhaonline o comentario do corroteirista do filme, o escritor Julio Ludemir, de que "a polêmica é estúpida, já que o filme termina em 1981 e não trata de tráfico de drogas. Os fundadores do CV assaltavam bancos".
Com todo respeito a este senhor, estupido e este comentario.
O comando vermelho e uma organizacao criminosa e assim deve tratada, independente de qual atividade ilegal pratique.
Desde quando, roubar bancos, matar policiais e civis inocentes e algo merecedor de ser um filme? Esta nao e uma obra de ficcao, mas uma realidade historica de nosso pais e, pode sim, ser considerada uma apologia a criminalidade e vir a influenciar as criancas e jovens do Brasil.
Alem disto, ja existia o trafico de drogas na decada de 80,nao como hoje em dia. Porem, grande parte do dinheiro roubado foi usada para fomenta-lo e criar a realidade atual.
Eu vivi as decadas de 70 e 80 e nao creio que o CV devesse ser merecedor de um filme, a menos que este service para denegrir a imagem desta organizacao corrompedora de nossos valores morais e sociais.
Mas, isto e Brasil e nao fico mais surpreso com absurdos como esta aberracao cinematografica.

Rached disse...

Filme desagradável, chato e cansativo. Traz em seu enredo idéias romanceadas dos criminosos fundadores do Comando Vermelho, uns vagabundos que merecem punição e esquecimento, PENA DE MORTE EM MINHA OPINIÃO.
No filme é criada a ilusão de que ser vagabundo, ladrão, corrupto é legal, bacana, não é. Mais uma vez o cinema brasileiro peca por mostrar a "terrível polícia contra os probres bandidos!"