Trabalhar no filme 400contra1 de Caco Souza foi uma experiência muito tranqüila. Trabalhamos no Scratch equipamento de correção de cor, usando o arquivo da RED R3D em 4k , este arquivo nativo da RED se adapta perfeitamente ao Scratch, onde também cobrimos todo o EDL com muita agilidade.
Trabalhamos com toda a latitude do arquivo R3D- 4k, pois desta forma tínhamos um maior range de trabalho já que estávamos usando todo o CCD da câmera , o que ajuda muito na hora de buscar um look para o filme. Tivemos uma preocupação muito grande em diferenciar bem os anos 70 dos anos 80 e optamos por duas cores bem distintas.
Na década de 70 fomos para um look mais quente sujo, com cores pasteis, o preto levemente amagentado e com toda a imagem descolorida o que acabou funcionando bem, pois boa parte do look dos anos 70 aparece justamente num lugar maravilhoso, a Ilha Grande, um paraíso que precisava parecer um dos piores lugares do mundo para se estar, o chamado “ Caldeirão do Diabo”.
Já no look dos anos 80 procuramos trabalhar algo mais frio com bastante Chroma, ressaltando os azuis e tons de peles que ganharam ares mais saudáveis e moderno que existia na época. Existia também o fato deles estarem soltos se divertindo e fazendo vários assaltos o queriamos diferenciar o estilo de vida que eles estavam vivendo. Estou muito satisfeito com o resultado pois acredito ter conseguido diferenciar bem os dois mundos e as diferentes épocas.
Agradeço,
Marcio Pasqualino
Colorista sênior
5 comentários:
Olha, acho muito ruim esse negócio de exaltar pessoas responsáveis por uma das maiores chagas do mundo moderno, que é o crime organizado, principalmente o tráfico de drogas do Rio. Não concordo com esse negócio e acho que querer fazer fama assim é anti-ético. Tráfico tem que ser combatido em todas as frentes, inclusive e principalmente, a ideológica. Fazer alusão ao tráfico com o mínimo de virtude que seja é irresponsável, ou mais ainda, criminoso. Nessa luta não existe muro para ficar em cima, ou você é contra ou é a favor. Aproveitar-se da característica chamativa e atraente do tema, que é inegável, só é aceitável para combatê-la, fulminando qualquer simpatia a essa máfia maligna. Só um documentário pode ser aceito em sua imparcialidade, apesar de ser fútil se não visar o combate a esse tipo de conduta fedorenta que é o tráfico de drogas do Rio. Não existe "papo cabeça" ou "intelectual" que possa justificar passar o mínimo que seja de simpatia, principalmente à geração jovem, a esses criminosos fundadores dessa chaga maligna que ceifou milhares de vida de nossos jovens e o continua fazendo.
Parece q o filme vai ser muito bom, parabéns!
Bom! Depois reclamam qdo fazem um episódio dos Simpsons no Brasil ...rsrsrsrs ... é aquele q foi muito mal falado aqui onde eles vêem de férias e ... Pois é !!! e prá confirmar o q os gringos imaginam, nossos "melhores" filmes mostram bandidos sangue bom e q como temos visto, que viram idolos das crianças (outro dia ouvi numa reportagem do Fantástico uma diretora de escola falando q já ouve as crianças falando q querem ser Bandidos qdo crescerem). Oras eu só tenho visto filme brasileiro onde malandro é o "herói"(Carandiru ou Cidade de Deus) ou uma policia sanguinária e violenta (Bope onde o Capitão Nascimento tbm é "herói") e ainda outro filme q mostra um cara q tem tudo p ser bonzinho e acaba copiando umas onças, assalta carro forte, mata gente e ainda se sai bem ... ah! Sem contar o nosso Lâmpião Cangaceiro q é imortalizado em nossos filmes ... Que diabos esses Caras estão fazendo? Cadê nosso Super-Homem, nossa Mulher Maravilha, Capitão America, o Zorro p combater toda essa criminalidade???
Só p lembrar o único herói q temos, que lá nos anos 70 disse: "Cuidai das nossas crianças". O Rei Pelé q infelizmente não foi ouvido, e a geração q veio em seguida ... essa q não tá nem aí p nada, de memória curta, q vive arrumando "jeitinho" p tudo, essa mesma q anda fazendo gerra em morro, q faz com q as Leis não "peguem", q ocupam por ignorancia ou por descaso áreas de risco, Mata Atlântica, de Mananciais e até mesmo de Várzea, essa q emporcalha as cidades (e é culpa de São Pedro que inunda tudo e eles ficam nadando em esgoto), essa geração q acha q ser NERD é coisa ruim ... taí nossos cineastas mostrando q bom mesmo é ser bandido ou politico corrupto ...
Li na Folhaonline o comentario do corroteirista do filme, o escritor Julio Ludemir, de que "a polêmica é estúpida, já que o filme termina em 1981 e não trata de tráfico de drogas. Os fundadores do CV assaltavam bancos".
Com todo respeito a este senhor, estupido e este comentario.
O comando vermelho e uma organizacao criminosa e assim deve tratada, independente de qual atividade ilegal pratique.
Desde quando, roubar bancos, matar policiais e civis inocentes e algo merecedor de ser um filme? Esta nao e uma obra de ficcao, mas uma realidade historica de nosso pais e, pode sim, ser considerada uma apologia a criminalidade e vir a influenciar as criancas e jovens do Brasil.
Alem disto, ja existia o trafico de drogas na decada de 80,nao como hoje em dia. Porem, grande parte do dinheiro roubado foi usada para fomenta-lo e criar a realidade atual.
Eu vivi as decadas de 70 e 80 e nao creio que o CV devesse ser merecedor de um filme, a menos que este service para denegrir a imagem desta organizacao corrompedora de nossos valores morais e sociais.
Mas, isto e Brasil e nao fico mais surpreso com absurdos como esta aberracao cinematografica.
Filme desagradável, chato e cansativo. Traz em seu enredo idéias romanceadas dos criminosos fundadores do Comando Vermelho, uns vagabundos que merecem punição e esquecimento, PENA DE MORTE EM MINHA OPINIÃO.
No filme é criada a ilusão de que ser vagabundo, ladrão, corrupto é legal, bacana, não é. Mais uma vez o cinema brasileiro peca por mostrar a "terrível polícia contra os probres bandidos!"
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