Já participei de três exibições alternativas - duas delas em carceragens da Polinter e uma no Chapéu Mangueira, favela da Zona Sul carioca ocupada com uma UPP. Em apenas uma delas, a primeira, na carceragem de Neves, em São Gonçalo, o elenco foi. Essa primeira exibição também foi a única acompanhada pela conservadora mídia carioca, que mais uma vez voltou a sugerir que essa produção é uma apologia ao crime organizado.
Foram três experiências emocionantes, que me deram a certeza de que "400 contra um" é um filme com forte apelo popular, apesar da sofisticação da montagem. Senti-me um ídolo pop ao conversar tanto quanto os presos quanto com os moradores da favela do Leme. Todos eles pediram para que voltássemos outras vezes, e que repetíssemos a exibição para comunidades amigas. Na próxima quarta-feira, por exemplo, terei que ir à carceragem de Caxias, dessa vez por solicitação dos presos.
Na exibição da carceragem de Nova Iguaçu, ocorreu um fenômeno absolutamente espetacular, que só fez aumentar a carga de emoção daquele encontro dos presos do Comando Vermelho com a história da facção. É que um carcereiro anunciou a liberdade de três presos que estavam assistindo ao filme. A exibição foi interrompida para que os presos cantassem o hino da liberdade, onde todo o coletivo celebrava a liberdade de um de seus companheiros de uma forma não muito diferente, nem menos entusiasmada, de uma torcida organizada. A exibição foi retomada logo em seguida.
Os moradores do Chapéu Mangueira, embora a UPP esteja redesenhando o mapa da violência no Rio de Janeiro, se dispuseram a mobilizar tanto policiais quanto ex-bandidos da facção que ainda moram na comunidade para uma próxima exibição, que querem incluir na programação oficial do trabalho de ocupação cidadã em curso na favela. Um desses moradores ficou de articular exibições nas 10 favelas com UPP no Rio de Janeiro. Ao contrário da classe média, as classes populares entendem que quanto mais se debater a violência mais chances a população carioca, principalmente a das comunidades faveladas, tem de se proteger dela.
Foram três experiências emocionantes, que me deram a certeza de que "400 contra um" é um filme com forte apelo popular, apesar da sofisticação da montagem. Senti-me um ídolo pop ao conversar tanto quanto os presos quanto com os moradores da favela do Leme. Todos eles pediram para que voltássemos outras vezes, e que repetíssemos a exibição para comunidades amigas. Na próxima quarta-feira, por exemplo, terei que ir à carceragem de Caxias, dessa vez por solicitação dos presos.
Na exibição da carceragem de Nova Iguaçu, ocorreu um fenômeno absolutamente espetacular, que só fez aumentar a carga de emoção daquele encontro dos presos do Comando Vermelho com a história da facção. É que um carcereiro anunciou a liberdade de três presos que estavam assistindo ao filme. A exibição foi interrompida para que os presos cantassem o hino da liberdade, onde todo o coletivo celebrava a liberdade de um de seus companheiros de uma forma não muito diferente, nem menos entusiasmada, de uma torcida organizada. A exibição foi retomada logo em seguida.
Os moradores do Chapéu Mangueira, embora a UPP esteja redesenhando o mapa da violência no Rio de Janeiro, se dispuseram a mobilizar tanto policiais quanto ex-bandidos da facção que ainda moram na comunidade para uma próxima exibição, que querem incluir na programação oficial do trabalho de ocupação cidadã em curso na favela. Um desses moradores ficou de articular exibições nas 10 favelas com UPP no Rio de Janeiro. Ao contrário da classe média, as classes populares entendem que quanto mais se debater a violência mais chances a população carioca, principalmente a das comunidades faveladas, tem de se proteger dela.
Julio Ludemir, colaborador do roteiro
2 comentários:
Só uma dúvida, Júlio Ludemir é o autor de "O Bandido da Chacrete"?
Abraços,
Gabriel Lucas
http://www.factoide.com.br
muito legal!!!
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